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sábado, 19 de dezembro de 2009

O Fim: Especialmente Banal?


Alguma coisa pode ser especial por ser banal?

Um dia tão importante para tantos de nós, um último ou um primeiro – depende do ponto de vista – acabou como se fosse um dia como outro qualquer.

Ontem foi o último dia de aula do Terceiro Ano 2009. Dia de aula mesmo, com muitas contas, algumas histórias, poucas broncas. Menos ainda foram as despedidas. Professores não se preocuparam em dizer palavras bonitas ou de boa fortuna para nós. Não. O nosso “querido” diretor não marcou presença em sala alguma, não nos disse nenhum obrigado pelos quase 5 mil reais que cada um de nós deixou naquele colégio e nem pelo possível nome que daremos à essa instituição caso tenhamos (E TEREMOS!) êxito no vestibular.

E será que isso foi tão ruim assim? Depois de uns 200 dias letivos, tendo sempre as mesmas matérias, vendo os mesmos rostos e compartilhando as mesmas dores, as mesmas incertezas e preocupações, talvez fosse mais certo que o último dia fosse como todos os outros.

Afinal, se o terceiro ano é mesmo o melhor e o pior de nossas vidas, que seja terceiro ano todos os dias de 2009, uma eterna batalha que só será realmente vencida (E VENCEREMOS!) em fevereiro.

Aos amigos, aos colegas, saibam que foi um grande prazer (“Um prazer incomensurável” - Júnior) ter a companhia de vocês durante esses quase 200 dias de guerra intensa, psicológica e intelectualmente falando. Uma batalha a cada dia, seja para levantar ou para fazer exercícios, seja implorarando passar mal naquele dia e não ir à aula, ou aquela disputa interior “dormir ou não dormir na aula do Peixoto/Gervásio/Humberto/seu-professor-com-voz-sonífera-aqui, eis a questão?”

Em fevereiro, o terceiro ano retornará para abalar estruturas!

E aos meus 5, quem sabe 6 leitores fiéis do blog: continuarei firme e forte! :D

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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Mais Violência, por favor!


Às vezes me pego questionando até quando estamos seguros no Brasil. Até quando nossas liberdades constitucionais estão seguras; até quando nossa democracia está a salvo.

Se essas instituições não são lá essas coisas, é o mais próximo que temos de liberdade. Imagine acordar um dia e não poder comprar o que quiser, não poder dizer o que quiser. No meu caso, imaginar um Brasil assim equivale a imaginar passar longas noites na cadeia: não sei ficar sem dizer o que penso.  Já pensou, eu na cadeia? Não duraria 2 segundos.

Quando digo que me preocupo, tenho motivos. Valdir Raupp, um senador que você nunca ouviu falar, quer nos privar de horas de diversão movida à sangue pixelado. É, esse senador de Rondônia pretende “coibir a fabricação, distribuição, importação, comercialização e conservação de jogos que afetam os costumes, tradições, cultos, credos, religiões e símbolos do povo brasileiro”. Agora pode dizer; eu sei que você quer falar: “que cara mais filho da ****”. É, eu sei.   

Já me irrita quando alguém tenta associar jogos à violência. Não existem estudos psico-comportamentais que comprovam essa relação. E olha que já fizeram MUITOS. Mais interessante ainda é que ninguém fala nada de filmes violentos. Filme pode, jogo não? Os defensores desse tipo de atitude idiota afirmam que no caso dos jogos, o buraco é mais em baixo pelo fato de participarmos ativamente da ação. Duh, é claro. Jogos =  entretenimento ativo. Está aí o motivo de tamanho sucesso (inclusive superando a indústria do cinema em lucros); também o motivo de conservadores-patriarcalistas-retrógrados adorarem criticá-los. As pessoas temem o que não compreendem. Fico surpreendido – mesmo sabendo que não deveria ficar – sempre que vejo esse tipo de atitude estereotipada em relação aos games. 

Quem tem esse comportamento certamente nunca chegou em casa após um dia estressante e meteu uma infinidade de balas em inimigos virtuais. Não ligou o PC ou videogame e desintegrou incontáveis zumbis; não construiu unidades de combate apenas para vê-las destruídas. A verdade é que jogos são terapêuticos: por que você acha que todo psicólogo tenta provar por a+b que existe relação entre violência e videogames? Porque eles estão perdendo os empregos para eles, ora bolas. Te garanto que qualquer maníaco depressivo que jogue duas horas de Modern Warfare 2 é curado. Parabéns, Infinity Ward.

É patética essa nova tentativa de censura no Brasil. Não tem outro nome para esse tipo de atitude. Já chega de paternalismo, já chega de querer aparecer às custas das liberdades dos outros. Eu penso o seguinte: se não quer ver violência, não ligue a televisão, não veja jornais, não saia na rua. Morra de uma vez. A violência faz parte do nosso dia a dia, infelizmente. Combater jogos por serem realistas não vai resolver problema algum.

Como forma de arte,  os jogos inspiram-se na realidade. E pelo menos nos jogos ela tem algum sentido. Se tal senador vive num mundo cor de rosa, abraçando nuvens e cantando com as borboletas, bom para ele. Quanto ao resto de nós, dê-nos mais violência virtual de boa qualidade, realista e divertida. Ninguém é de ferro.

 

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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O Balanço do nENÉM


                É. Segunda feira, melhor que sábado e domingo. Explico: finalmente acabou o ENEM. Com todo respeito às “autoridades em educação”, só quem fez a prova sabe mesmo o que falar dela. E quando digo “fez” é sentar naquelas cadeiras desconfortáveis durante toda uma tarde de sábado e outra de domingo realizando uma prova de proporções épicas.

                As “autoridades em educação” de tudo sabem: sabem o que tem de errado com o Ensino Médio e sabem como corrigir. Sabem como fazer para revolucionar a educação no Brasil, resolver todos os problemas. Não sabem fazer segurança de uma prova, mas o resto, dominam. É, sei. Sábado e domingo mais uma vez foi provado que o governo sabe mesmo é ser sem noção. Não tem a mínima ideia do estado de suas próprias escolas e não sabe nem mesmo deixar espaço para realizar cálculos.

                Não ter a mínima ideia do estado de suas escolas significa que o governo fez uma prova que alunos de instituições públicas não têm condições de realizar; o nível ficou parecido com um vestibular tradicional. À exceção das Ciências Exatas, uma vez que o exame calcou menos em fórmulas e utilizou uma abordagem diferente. Diferente, não necessariamente melhor. Talvez até tenha sido, com foco maior em resolução de problemas do que em "decoreba", mas ela ainda esteve presente. Destacam-se aquela questão do celular (Questão 30 – Caderno Branco) em que o aluno deveria ter conhecimento de uma equação bem escabrosa. De resto, apenas equações simples, como a de Aceleração Centrípeta e algumas outras. Também foi bastante "conteudista".

                Não que essa seja a melhor abordagem; quem sabe. No entanto, o governo mostrou que não sabe de nada mesmo fazendo uma prova com 45 questões de matemática – que atendem a essa proposta de inserção no contexto da vida do aluno – com textos grandes (em virtude dessa mentalidade de contextualização) e com “continhas” a perder de vista. Mas o exame é falho em sua meta de avaliar o ensino médio. Os elaboradores mostraram não ter consideração alguma com os candidatos, nem deixando espaço para a resolução, quem dirá dando calculadora. É inconcebível como em pleno século XXI ainda exista esse preconceito tolo em relação a auxílios eletrônicos. Primeiro, que se o candidato está no Ensino Médio, pressupõe-se que ele já tem domínio das quatro operações fundamentais. Segundo, supondo que ele entre na Universidade, não importa o curso, ele utilizará calculadoras: ninguém precisa ficar perdendo tempo fazendo divisões à mão. Além do mais, em certas áreas o uso de calculadora é mais do que um ganho de tempo, é uma necessidade. Na escola já usamos; os vestibulares de algumas PUCs e da UnB permitem... Isso é a realidade, é o futuro, desde 1967.  É patética a tentativa do governo de elaborar uma prova demasiadamente grande e não dar condições para os alunos resolverem-na. Não dava tempo, não importa o que digam. Eu consegui ler e tentar resolver todas as questões, mas não como o exame queria. E nem como eu queria. Sendo a maioria das questões de nível médio-fácil, era possível acertá-las quase todas; o tempo, porém, foi insuficiente. 

                O ENEM se tornou um teste de resistência física, não uma prova de avaliação do Ensino Médio. E como um cobertor curto, não consegue testar a capacidade dos egressos em relação ao conteúdo aprendido (já que ignora aqueles que acham “pouco importantes” – leiam-se Matrizes, Determinantes, Sistemas Lineares e Números Complexos: quero ver como os futuros engenheiros vão se virar) e nem consegue selecionar como um vestibular, em virtude das falhas organizacionais (a saber: gabaritos falsos vazando, provas vazando, fiscais despreparados, péssima estrutura, atrasos...). Não creio no sucesso do ENEM. Mas provavelmente, ele “terá sucesso”, na visão das "autoridades em educação". Isso porque, quando o governo determina-se a fazer algo, difícil não fazer. Não importa se será bom ou ruim, o futuro é o ENEM.  

PS.: Yeah, I'm back baby! Back to ya'll!

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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Barack, Hussein, Obama. Me dá um tempo vai...



Barack Obama, Barack Obama, Barack Obama...

Ok, não agüento mais ouvir o nome desse cara. Sério. Tudo bem, ele é o primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos. E por coincidência esse é o país mais poderoso do mundo. Logo, ele é o negro mais poderoso da história.

Ele também sabe dançar um pouquinho com sua mulher. Gosta de internet, do seu Blackberry e enfatiza mudanças. Diz que seu governo será transparente. Hoje anunciou medidas e agiu rápido: quer mostrar eficácia, seriedade e competência. Uma de suas promessas é fechar Guantánamo, em Cuba, uma base militar que é uma prisão onde, por não estar localizada em território americano, o pau come solto. Até atirou para o lado dos lobbistas. E isso tudo é muito bom.

Para um cara que eu não agüento mais ouvir falar eu pareço saber muito dele, não é mesmo? É porque todos os malditos meios de comunicação não param de falar do sujeito! (duas ou três capas da Veja, manchete de todos os jornais desde a corrida eleitoral americana, notícia no isohunt...)
 
Sabe a dançinha dele com a esposa? Compararam a Fred Astaire. Seguinte, esse foi um dos maiores atores dançarinos de todos os tempos. Porquê ele é negro e fan de Martin Luther King Jr., toda vez que vão falar dele o citam como sendo um novo líder negro. E por ser eleito depois de George W. Bush, vai resolver todos os problemas que ele criou. 
Tá certo! Barack Obama é mesmo O MESSIAS!

Ele veio para salvar o mundo de todos os problemas! Tá aí um cara que, durante sua campanha, fez comícios FORA DO SEU PAÍS. Um cara que todos os meios de comunicação saúdam como o grande salvador do universo. Ele é, sem dúvida alguma o cara que vai botar a economia americana nos eixos, resolver a Questão Palestina, arrumar a bagaça que o Bush fez no Iraque, resolver o Afeganistão, prender/matar o Osama Bin Laden...
 
Não, ele é só um cara. Só um cara. E o que acontecerá quando ele falhar? Tenham certeza, ele é humano, como nós. E ele irá falhar. Por isso tenho medo de quando a mídia e todo o resto apostam demais em alguém. Somos todos humanos, submetidos às mesmas regras, e quando essa aposta falha, os resultados são desesperadores. As pessoas vão perder ainda mais a confiança. E os investidores, covardes como são, enfiarão o rabinho no meio das pernas. 

Política é um jogo arriscado. O Obama com certeza sabe disso. Todo mundo sabe disso. Apenas precisam se lembrar de que, um homem é, afinal de contas, apenas um homem.

Boa sorte Obama, você definitivamente, vai precisar.

PS.: Para alegria da Microsoft, o discurso de posse de Obama foi transmitido via Microsoft Silverlight, plataforma concorrente do Adobe Flash. [E daí?]
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sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Coisas que só no videogame... e que fazem uma falta na vida real...


A garota acabara de comprar o celular novinho. Câmera de 5.2 Megapixels, memória interna de 2GB e cartão microSD, MP4, MP5, MP6, [MPx onde x é um valor real entre 2 e onde as mentiras do marketing podem te levar]. Lindo, com tela touchscreen. Ao sair com o gadget pela primeira vez, após uma forte chuva que deixou alguns telhados sem suas amigas telhas, tropeçou no meio fio e deixou o seu novo brinquedo cair no bueiro. 

Essas e outras coisas igualmente chatas poderiam ser resolvidas se tivéssemos à nossa disposição certos acessórios e funções que, infelizmente, só existem no videogame. No caso do garoto chorando pelo seu novo aparelho, era só ter dado um savezinho antes de sair de casa. Se acontecesse qualquer coisa no caminho, dava-se um load e pronto, tá tudo resolvido.

Existem coisas que, infelizmente, só no videogame. Mas já pensou como seria legal digitar um código e de repente cair um superesportivo na sua frente? Ou usar um programinha que te deixa imortal? Cara, a vida seria exageradamente mais interessante.

Ou ainda, poderíamos viver em qualquer época. Na idade média, Age of Empires. Num futuro caótico (e pronto pra que você descarregue suas armas sem culpa nos soldados sem alma e que comem criancinhas), Half Life 2. Ou um futuro não tão caótico, mas propício para todos nós fans de ficção científica, onde teríamos cada um nossa própria nave espacial, Freelancer. 

Por isso eu acho que quem é contra videogames é contra diversão e não tem uma criança interior. 

E vocês, o que queriam poder pegar dos videogames e colocar na vida real?

PS.: Demorei a postar? ;)
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