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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Bruno e Rafael Mascarenhas: na justiça, não tem promoção



Bruno. Acho que não preciso falar do goleiro. Uma história toda meio forçada (e que sofre mais atualizações que Twitter), ausência de corpo, eficiência tradicional do conjunto polícia-poder judiciário... Arrisco dizer que, se esse, (como todo caso de homícidio) não fosse a jurí popular, eu apostaria que o arqueiro seria inocentado. Mas júri popular tende a deixar as coisas mais interessantes (interessantes no aspecto pressão popular).

Pois é. Mas o caso de Bruno é muito chato, ainda que apresente inúmeras perspectivas de trabalho. Vamos ao outro.

R. Mascarenhas. Não quero falar das coisas óbvias, como, por exemplo, que esse caso também é exemplar da honestidade a prova de balas – mas não de notas de 100 – da polícia brasileira, ou que não dá para saber como Cissa Guimarães se sente (perder um filho é A situação mais estressante que o ser humano pode ter – pesquisa científica, se quiser saber a fonte, google pra você, amor, que eu não me lembro mais), ou mesmo da irresponsabilidade dos motoristas que estavam tirando um racha.

Eu quero te perguntar o seguinte... E se fosse você?

Se fosse você, acha mesmo que sairia em rede nacional? Se fosse você, acha que alguém ficaria sabendo? Se fosse você, os PMs teriam aceitado os mil reais mesmo, ficando nisso, o carro teria sido consertado, o motorista playboy e seu amigo (também playboy) continuariam por aí, tirando rachas (puta que pariu, tirar racha com um Siena... é o fim, até nisso brasileiro improvisa)... E o mundo continuaria girando, os políticos continuariam tentando mandar, a polícia continuaria a ignorar tudo e a vida seguiria. No meio termo, temeríamos a polícia tanto quanto tememos bandidos, afinal, quantos outros casos como o de R. Mascarenhas aconteceram no Brasil e ninguém ficou sabendo?

Ou você chegou a ver algum outro atropelamento que envolveu reconstituição do crime? Na esteira do caso, um outro atropelamento (não me lembro dos detalhes do caso) virou notícia. E SÓ virou notícia por causa de R. Mascarenhas.

Qual o ponto desse artigo, afinal?  Talvez não tenha ponto, porque não adianta querer pensar que esse texto vai mudar alguma coisa. Os famosos continuarão tendo preferência em qualquer assunto, recursos públicos serão gastos em abundância cinematográfica para aguentar a pressão da imprensa em casos que envolvem os ricos, e, enquanto isso, o mundo continuará girando para nós, assistindo notícias de assassinatos que nunca mais serão mencionados novamente, que provavelmente não terão solução, porque os PMs que poderiam estar no caso estavam ocupados fazendo reconstituição do crime de algum outro rico&famoso. Ou ninguém se lembra do caso Tim Lopes?

Esse é o Brasil. Esse continuará sendo o Brasil? 

4 pessoas deram alguma opinião:

Anônimo disse...

É verdade... só tem grande repercussão porque tem famoso envolvido.
Aposto que se fosse um pobre no lugar do Rafael Mascarenhas, a mídia iria cair matando no fato de ele não poder ter metido o rabo com seu skate aonde ele não poderia ter ido. QUEM em sã consciência anda de skate em um TÚNEL INTERDITADO DE MADRUGADA???

Enfim, bom texto MOCINHA :D

PS: Não que eu seja tarado, longe de mim isso, mas só por curiosidade... quem encontrar algum porno da Elisa Samúdio, me mostra, é só para ver o que o Bruno desperdiçou =D

21 de agosto de 2010 às 21:38
Miraci disse...

Apenas corrigindo. Não seria Tim Lopes ao invés de Tim Maia? Não me recordo do Tim Maia ter sido assassinado!

21 de agosto de 2010 às 23:42
Rafael disse...

Miraci, sim, seria! Quando escrevia estava escutando Tim Maia Racional, e deixei-me influenciar. Corrigido, e obrigado!

22 de agosto de 2010 às 15:17
Amanda Mendonça disse...

Ai que buro ;P OPAKSOPSAKSPOSAKSOPK'

concordo,

17 de setembro de 2010 às 17:44